segunda-feira, agosto 29

Biblioteca é a quinta maior 'libertadora' de livros

A Biblioteca Profª Jandyra Basseto Pântano, em Americana, é a quinta no mundo e a primeira no Brasil que mais "liberta" livros, de acordo com dados do Book Crossing, iniciativa que visa incentivar a distribuição de livros gratuitamente em espaços públicos, como pontos de ônibus. A intenção é que, depois de ler, a pessoa passe o livro para frente, colocando-o em outro ponto.
O movimento começou nos Estados Unidos, em 2001, e chegou ao Brasil em 2006. O Book Crossing está presente em 132 países, com quase 11,6 milhões de livros registrados e 1,6 milhão de membros, segundo estatísticas disponíveis no site da entidade. Até o fechamento desta edição, a Biblioteca de Americana ocupava a quinta posição no ranking mundial, com 26.220 livros libertados. É a única entidade brasileira a figurar entre as 20 primeiras colocadas da lista.

Segundo a coordenadora do Book Crossing Brasil, Helena Castelo Branco, que foi a criadora do primeiro ponto de distribuição do projeto no País, em 2006, a presença da Biblioteca de Americana na lista pode ser explicada pelo seu pioneirismo. A instituição foi uma das primeiras a abraçar o projeto.

"Eles estão constantemente libertando livros. Foram quase 300 nesse último mês. É o maior ponto que temos no Brasil e um dos maiores do mundo. Ela foi pioneira, uma das primeiras do Brasil, e participam assiduamente, ano após ano, por isso eles conseguiram chegar nessa estatística", explicou Helena.

A Biblioteca de Americana mantém barraquinhas nos pontos de ônibus ao redor da Praça Comendador Muller, no Centro, onde disponibiliza os livros. Dentro do livro, é deixado um recado explicando o projeto ao leitor e o endereço do site para que ele informe onde pegou o livro e onde o deixou (se tiver passado a obra adiante). Em eventos públicos da prefeitura, ou até mesmo de escolas, também é comum ver os livros para doação.

De acordo com o orientador cultural da biblioteca, Leonardo Luciano, o Book Crossing é uma importante forma de democratizar o acesso à literatura. "Fazemos isso há cerca de seis anos e cresceu muito. Cada leitor pode entrar no sistema, dizer o que achou do livro, onde pegou e dizer onde vai deixar na próxima parada. É uma brincadeira bem legal", disse.

Nenhum comentário:

Postar um comentário