quinta-feira, outubro 22

Um banco de livros

Casa da Leitura instalada em um posto de saúde de Porto Alegre | © Divulgação
Casa da Leitura instalada em um posto de saúde de Porto Alegre 
Em 2007, Waldir Silveira estava no seu último mandato como presidente da Câmara Rio-grandense do Livro, quando recebeu um chamado da Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais, entidade mantida pelas indústrias do Rio Grande do Sul. Com a missão de “promover a qualidade de vida com ações que transformem o desperdício em benefício social”, a fundação já tinha criado o Banco de Alimentos e, a partir de uma consulta entre os beneficiados pelos projetos, percebeu que faltava um banco de livros. Foi assim que representantes da Fundação chegaram até Waldir, que logo encampou a ideia.

No primeiro ano, o Banco de Livros arrecadou 20 mil exemplares e nunca mais parou. “Colocamos caixas pela Feira do Livro de Porto Alegre e as pessoas doavam livros usados que eram distribuídos às famílias assistidas pela Fundação”, relembra. “Nossa meta é chegar onde o governo não ia”, disse. E chegaram a presídios, à antiga Febem (hoje rebatizada no estado como Fase – Fundação de Atendimento Sócio-Educativo) e a comunidades carentes do estado. No balanço atual, o Banco de Livros já arrecadou mais de 700 mil livros com os quais foi possível criar 420 “casas de leitura” espalhadas em presídios, postos de saúde e centros comunitários. “As pessoas pegam, leem, levam para casa e depois devolvem e pegam outro”, comentou.

O Banco de Livros criou recentemente, em parceria com o Easy Taxi, aplicativo para chamar taxis, a Bibliotaxi que distribuiu 3.500 bolsas onde são acondicionados de seis a oito livros. Os passageiros podem pegar os livros, ler e a ideia é que devolvam na próxima corrida.
(Fonte: Publishnews)

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