sexta-feira, janeiro 16

Marcando a história

Vladimir Kush
Este post será oferecido para todos aqueles que são apaixonados por marcadores de livros: colecionadores, admiradores e, não menos importante, utilizadores. Um objeto tão simples, mas de fundamental importância para qualquer leitor. Seja ele feito de papel, plástico, tecido, metal, o mais importante é não deixar nos perdermos no meio de tantas palavras, páginas, histórias, contos e encantos.

Leitores colecionadores não perdem a oportunidade de conferir nas bancadas dos caixas das livrarias os novos lançamentos. Esperam encontrar aquele belo marcador, com um belo design, que possa fazer par com aquele livro que tanto gostam. Tanto em seu país de origem, como em viagens internacionais, não deixam passar nenhuma chance de pegar alguns desses marcadores. Desta maneira começam grandes coleções. Eu mesmo comecei há pouco tempo a colecionar os marcadores e já estou sentindo os prazeres de fazer esta bela coleção. O engraçado é que o colecionador fica ansioso tanto pelo lançamento do livro como também o do marcador.

Os marcadores de página datam do período medieval, quando eram usados metros e metros de papiro, com 40 metros de comprimento ou até mais. Alguns dos marcadores mais antigos foram encontrados em mosteiros medievais, parecidos com clips e eram feitos de papel vegetal, este tipo também foi usado no Egito antigo. Estes marcadores de origem monástica, entre os períodos do século XIII ao século XV, eram feitos de couro de vitela. Eram feitos com o resto do couro que sobrava daquele que era utilizado para fazer as capas dos livros. Mesmo sendo muito antigos, este marcadores já apresentavam uma quantidade variada de formas e tamanhos, como uma simples tira ou um clips.

Com os primeiros livros impressos se estabeleceu a importância do marcador de página. No final do século XVI, a Rainha Elizabeth I foi uma das primeiras a possuir um marcador de página para os livros impressos, que não danificava os livros, um presente, um marcador realmente prático. Do século XVI até o século XVIII um tipo comum de marcador era feito de uma fita estreita de seda, com um pouco mais de um centímetro. Ele ligava o topo da página até o final. Hoje em dia ainda encontramos este tipo de marcador em livros mais antigos, de coleções clássicas, ou então em algumas agendas ou livros de capa dura. Eu particularmente acho este marcador bastante prático e refinado.

O primeiro marcador destacável (que não era preso ao livro) e, portanto, marcadores colecionáveis, ​​começaram a aparecer na década de 1850. Uma das primeiras referências a estes marcadores é encontrada em Recollections of a Literart Life (1852), da autora Mary Russell Mitford: "I had no marker and the richly bound volume closed as if instinctively.". Em tempos vitorianos, as senhoras ensinavam as meninas mais jovens a arte da costura, brevemente elas começaram a fazer seus próprios marcadores personalizados, bordados, principalmente para marcar a bíblia e livros de oração.

Pela década de 1880 a produção de marcadores em tecidos de seda estava declinando e marcadores impressos feitos de cartolina ou cartão começaram a aparecer em números significativos. Nesta época os marcadores ganharam também uma função no marketing, várias empresas distribuíam marcadores para fazer propagandas de seus produtos e também eram oferecidos como presentes para os clientes.

Hoje temos uma grande produção de marcadores de livros, feitos nos mais diferentes tamanhos, formatos e materiais como: ouro, bronze, cobre, estanho, madrepérola, couro, tecidos, papel, plástico e marfim. Cada marcador tem uma particularidade em si e sempre acompanha o leitor.

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