sexta-feira, dezembro 26

'Romances, tão ambíguos quanto a vida'


“Meu cardiologista vai brigar comigo por sair fumando nas fotos”, diz Javier Marías em sua casa de Madri, a cidade onde nasceu em setembro de 1951. Seu cardiologista é o doutor José Manuel Vidal, convertido em personagem de "‘Así empieza lo malo" (Manantial), o romance escolhido pelos críticos da Babelia como melhor livro de 2014. A escolha, conta, surpreendeu-o. “Por duas razões. Uma, porque este ano foi excepcional quanto a livros importantes de escritores importantes: Marsé, Muñoz Molina, Landero, Cercas, Luis Mateo Díez, Gimferrer na poesia, Ferrer Lerín, Guelbenzu… Não li todos mas algum melhor tem de haver. A segunda, porque escrevo cada novo romance mais às escuras e com menos fé. Além disso, surpreende-me que, 43 anos depois de publicar meu primeiro romance, o que faço ainda possa continuar vigente quando tudo cansa tão rapidamente. As pessoas devem estar enjoadas de mim”. Perguntado qual o seu livro do ano particular, toma partido da poesia de Mark Strand, o escritor americano falecido no mês passado que conheceu quando se mudou para Madri. “Ainda acho a poesia a mais alta expressão literária possível”, diz o romancista.
Leia mais a entrevista de Marías

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