quinta-feira, setembro 11

Sobre opressão e poder

Escrita entre junho de 2012 e março de 2013, portanto, meses antes das manifestações que eclodiram no Brasil, em junho; do massacre de Damasco na Síria, e, mais recentemente, da guerra entre Israel e Palestina, a obra “O que eu disse ao General”, novo trabalho de Anderson Fonseca, publicado pela Oitava Rima Editora, reúne 36 histórias que versam nas entrelinhas sobre ditadores e a opressão do poder. Cada uma delas dedicada a um grande mandatário. Os fatos são contados em flashes, ora ironizados, ora poetizados.

Ao mesmo tempo em que o autor faz um prenúncio dos novos tempos, apresenta uma metáfora do passado. Segundo ele, o que o inspirou a escrever o livro foi a declaração de Muammar al-Gadafi, que comparou os manifestantes líbios aos ratos, dizendo que, se necessário, faria uma limpeza sanitária no país. “A comparação do ditador chamou-me a atenção e imaginei ratos destituindo um homem do poder. A semelhança, no entanto, não parava por aí, lembrei-me da Flauta Mágica e os ratos indo embora da cidade. Com isso em mente, escrevi a primeira história que motivou o livro. Depois dela, vieram as outras”, diz Fonseca. 

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