quarta-feira, julho 23

Mercado livreiro cresceu

CBL e SNEL divulgam pesquisa de 2013 com 1,52% de crescimento

Enquanto o PIB brasileiro cresceu 41,82% na última década, a indústria editorial aumentou seu faturamento em apenas 7,34%. No entanto, segundo a pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, divulgada ontem pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livro (SNEL), o faturamento das editoras de livros no Brasil alcançou R$ 5,36 bilhões em 2013, o que representa um crescimento nominal de 7,52% em relação ao ano interior. Descontada uma inflação de 5,91% (IPCA), o crescimento real foi de 1,52%.

A primeira má notícia é que, em termos reais, o faturamento apurado pela FIPE – entidade responsável pela pesquisa – ainda está abaixo do valor alcançado em 2010, não compensando a péssima performance do mercado em 2010 e 2011. A segunda má notícia é que o crescimento de 2013 deve-se puramente ao aumento das compras governamentais que chegaram a R$ 1,47 bilhão no ano passado contra R$ 1,32 bilhão em 2012. Trata-se de um crescimento nominal de 12,04% e, uma vez deflacionados os números, de um aumento real de 5,79%. Em 2013, 27,51% do faturamento das editoras foi oriundo de compras governamentais, comprovando a dependência do setor no governo. Enquanto o governo aumentou suas compras, as vendas dos editores ao mercado privado ficaram praticamente estagnadas.

Em 2013, as editoras faturaram R$ 3,885 bilhões em vendas ao mercado privado contra R$ 3,669 bilhões em 2012. Embora isto represente um crescimento nominal de 5,90%, houve uma queda minúscula de faturamento real, pois a variação foi de -0,01%, se considerado o IPCA de 2013.

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