quinta-feira, dezembro 20

Há 200 anos...

Uma belíssima jovem e seus velhíssimos anões completam hoje 200 anos de muita fantasia para o público infantil. Com “Branca de Neve”, nesta data, também aniversariam “A Bela Adormecida, “O Chapeuzinho Vermelho” e “Hansel e Gretel” (no Brasil, “João e Maria”), todos protagonistas das histórias publicadas naquele distante 20 de dezembro de 1812, quando saiu nas livrarias “Os contos de fadas dos irmãos Grimm”, a segunda obra mais lida da literatura alemã depois da Bíblia de Martinho Lutero e que hoje, traduzida para 170 idiomas, integra desde 2005 o programa Memória do Mundo da UNESCO.  
Jacob e o irmão Ludwig Emil Grimm, que completarão em 2013 o sesquicentenário de morte (respectivamente 20 de setembro e 4 de abril), eram lingüistas e filólogos que escreveram obras sobre gramática, mitologia e mesmo um dicionário de alemão. O interesse dos irmãos pelos contos populares, iniciado na Universidade de Marburgo, fez com que recopilassem e escrevessem relatos da tradição oral alemã, que atualmente não seriam aptas para crianças. Nas sucessivas edições foram suavizados muitos dos argumentos, inclusive com a eliminação de referências sexuais e mesmo detalhes de crueldade da versão original como o uso de sapatos de ferro em brasa pela madrasta de Branca de Neve até a morte.
As celebrações serão realizadas no próximo ano em Kassel, onde os Grimm trabalharam entre 1798 e 1841. A cidade apresentará a “Expedição Grimm”, como uma das sedes de Documenta, a maior mostra de arte contemporânea do mundo que acontece na cidade a cada cinco anos.
* Ilustração antiga de "Hansel  e Gretel"

terça-feira, dezembro 18

Nova edição de '+ Leitura'

Já está sendo distribuída na livraria a nova edição de "+ Leitura", publicação produzida para a Canto do Livro. Com destaque, a reportagem sobre os dados do Diagnóstico do Setor Livreiro de 2012, que indicam um crescimento física das grandes livrarias e a redução do espaço para os livros.

quinta-feira, dezembro 13

O pequeno espaço do livro

As tiras de humor relacionadas à economia, publicadas pela lendária revista “The New Yorker”, foram recolhidas no livro “O dinheiro em The New Yorker: A economia em vinhetas”, recentemente publicado na Espanha. As ilustrações retratam e criticam a visão econômica dos anos 20 até a atualidade. Como não poderia deiar de ser, lá está também a pequena livraria - "Lugar do Livro" -  bem ao lado da monumental empresa de seguros.  

Achado o primeiro conto de Andersen

Mais de 150 depois do surgimento de textos como “O patinho feio” ou “ O novo traje do imperador”, foi descoberto em um arquivo de Odense, na Dinamarca, um conto inédito de Hans Christian Andersen, já considerado como o primeiro que escreveu. Os especialistas consultados pelo jornal Politiken estão convencidos de que “Tællelyst” (“A vela de sebo”) é mesmo de Andersen e pode ser a sua primeira obra, escrita ainda quando o escritor dinamarquês era estudante, entre 1822 e 1826.
  A descoberta foi feita pelo historiador local Esben Brage ao consultar um caderno de 190 anos que tinha na capa o nome “Andersen”, guardado em um arquivo na ilha de Fünen. No conto de 700 palavras, a vela é um ser animado que depois de várias decepções encontra seu lugar na vida, ao ser acessa. O texto tem uma dedicatória a madame Bunkelflod, viúva do pároco que vivia em frente à casa de Andersen e que emprestava livros ao estudante.

quarta-feira, dezembro 12

Humor... em tempo de crise

O livreiro, herói anônimo


Com a euforia da entrada dos e-books no país, o maior protagonista do mercado livreiro parece um pouco esquecido, para não dizer jogado para lateral. O personagem é aqui revivido no artigo de Torrieri Guimarães, publicado na revista ANL, da Associação Nacional de Livrarias. Como afirma Torrieri, "o livreiro semeia livros. Não colhe aplausos, mas tem em cada cliente conquistado a gratíssima certeza do dever cumprido". Eis o artigo:

O LIVREIRO, HERÓI ANÔNIMO

Vemos exaltados, com frequência, na mídia, escritores e editores e, na maioria dos casos, com inteira justiça pelo trabalho que realizam. Na cadeia produtiva do livro, porém, há um grande herói anônimo que, apesar de sua comprovada importância, quase nunca é lembrado. Ficaram na memória dos que acompanham o movimento editorial algumasfiguras exponenciais, como os franceses Garnier e Garraux, o carioca Francisco Alves, os paulistas José Olympio (que começou sua carreira na Casa Garraux, em São Paulo, aos 18 anos) e Monteiro Lobato, que nacionalizou a impressão e a venda de livros em grande escala. Ainda no começo deste século, Lobato, tentando suprir a falta de livrarias, lançou o projeto de vender livros em farmácias, quitandas e onde mais houvesse pessoas interessadas nesse difícil mister.Menos do que um comerciante típico (embora precise sê-lo), o livreiro no Brasil é a pessoa que tem um vínculo muito forte, quase afetivo, com o livro, que o respeita mais do que uma simples mercadoria, defendendo-o como indispensável à formação da personalidade, ao aprimoramento cultural, e como ferramenta para o crescimento profissional em todas as áreas.Na sua loja, discreto, amável, silencioso, sem o estardalhaço publicitário de outros ramos de comércio – que a pequena margem de lucro de seu negócio impossibilita –, o livreiro tem sido, nos dois últimos séculos, o profissional que mantém azeitadas e funcionando as engrenagens da indústria do livro no Brasil. Conheci alguns que, depois de 50 anos de trabalho diário em sua livraria, pernas já vacilantes, ganhavam novas forças, subiam altosdegraus de escadas, para apanhar um livro pedido  pelo freguês – pelo simples prazer do atendimento.Não há nenhum reconhecimento explícito ao seu trabalho – e ele não o reivindica.Ao contrário, sempre que pode, em seminários e convenções, apenas levanta sua voz para lembrar a importância do livro, do hábito da leitura, a necessidade de medidas que reforcem a presença do livro como veículo de cultura e base da Educação. Nos últimos anos triplicou o número de livrarias no Brasil. Surgiram as megas nas cidades grandes, cresceu a presença do capital estrangeiro, cuida-se de oferecer a leitura por todos os meios físicos e eletrônicos. Em todo o Brasil há uma cruzada pela leitura, em programas privados e do Governo.Surgem novos canais de venda, informatizados. E de tudo isso se beneficia a nossa gente, graças ao trabalho silencioso, anônimo, perseverante, do livreiro, seja nas metrópoles, seja nas pequenas cidades deste país imenso.Muitas vezes ele é a sentinela mais avançada nos povoados distantes, vigilante oferecendo a sua inestimável cooperação. Num país onde a Educação ainda é precária, no qual crianças mal aprendem a ler e escrever e o analfabetismo ainda é uma nódoa vergonhosa, o livreiro faz seu importante trabalho.O livreiro semeia livros. Não colhe aplausos, mas tem em cada cliente conquistado a gratíssima certeza do dever cumprido. E isso lhe basta.
(Publicado aqui em PDF) 

sexta-feira, novembro 9

Sai edição de novembro

     A edição de novembro de ‘+ Leitura’, publicação produzida pela livraria Canto do Livro, já está à disposição dos leitores na loja. Em destaque, matéria sobre a campanha do Instituto Ecofuturo em favor da construção de bibliotecas escolares, cumprindo lei federal sancionada por Lula em 2010. Há ainda trecho da entrevista da entrevista de Elizabeth Serra, secretária-geral da FNLIJ, sobre a questão.
    A edição ainda mostra uma série de iniciativas particulares e governamentais por todo o país que estão levando, ou mesmo levam há tempos, os livros às populações. É o caso do vagão de trem na praça de Fortaleza.

quinta-feira, novembro 8

Campanha exige biblioteca escolar

Apesar da lei 12.220/10, assegurando que todas as instituições de ensino do País, públicas ou privadas, tenham biblioteca até 2020, dois anos depois pouca coisa mudou no país para ser efetivamente cumprida a legislação. Para garantir sua execução da lei, o Instituto Ecofuturo está mobilizando a sociedade através da internet com  a campanha “Eu Quero Minha Biblioteca”, que conta com a cartilha “Como Acessar Recursos Públicos para Implementar e Manter Bibliotecas”. A publicação informa o que se precisa fazer para ter uma biblioteca na escola em apenas dez páginas.
Segundo o documento, é importante viabilizar que a biblioteca na escola possa atender também a comunidade do entorno, uma vez que será  fundamental envolver a família na leitura de crianças e jovens. “A biblioteca escolar aberta à comunidade vizinha visa fortalecer os laços entre escola e comunidade, ampliando seu raio de atuação”.
A campanha demonstra a urgência no cumprimento da lei uma vez que a inédita Avaliação Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização – 2011 apontou que apenas 48,6% dos alunos das redes municipal e estadual alcançam os níveis de leitura esperados. A avaliação demonstrou que mais da metade (51,4%) dos estudantes não sabe tirar o tema de um texto que lê.
Outra pesquisa, Retratos da Leitura do Brasil, sobre o comportamento leitor do brasileiro e o acesso à biblioteca no país, revelou que este ano, comparativamente com a pesquisa anterior de 2007, crianças e adolescentes estão lendo menos livros. E entre os cinco e 17 anos, as bibliotecas escolares estão à frente de qualquer outra forma de acesso ao livro (64%).
A mobilização está sendo feita através do site Eu Quero Minha Biblioteca (www.euquerominhabiblioteca.org.br, que disponibiliza o cadastramento de cidadãos, empresas, imprensa, organizações sociais, parlamentares e mesmo instituições educacionais.

quinta-feira, setembro 6

Europa abre combate à literacia

Os países da União Européia têm de combater a “crise da literacia” (capacidade de cada indivíduo compreender e usar a informação escrita contida em vários materiais impressos), com melhoria da leitura e escrita desde a primeira infância até à idade adulta, indica estudo de peritos europeus. Os dados revelam que um em cada cinco jovens europeus de 15 anos e quase 75 milhões de adultos ainda não têm conhecimentos de base para ler e escrever. Segundo o estudo, os baixos níveis de literacia significam maior dificuldade em conseguir um emprego, aumento do risco de pobreza e exclusão social.
Às vésperas do Dia Internacional da Literacia, que será comemorado no sábado, a comissão divulgou, em Nicósia (Chipre), as conclusões de um relatório com propostas concretas para os níveis de literacia melhorarem na Europa. O documento aponta recomendações gerais para que, em 2020, 85 % dos jovens europeus com até 15 anos tenham melhores níveis. Nessa faixa etária, Portugal, Letônia, Luxemburgo e Polônia foram os países que apresentaram progressos durante a última década.
Entre as propostas da comissão se destaca o investimento em professores especialistas em leitura, mais programas de promoção da leitura e da escrita que envolvam pais e filhos, uma vez que a influência familiar não se dá  apenas nos primeiros anos de vida.

terça-feira, setembro 4

A necessidade

"No  Brasil, há esse grande impasse: muita  gente pensa que ler é um luo.  Ler é uma necessidade!"
Domingos Pellegrini

segunda-feira, setembro 3

Chega novo '+ Leitura'

Chegou a nova edição de "+ Leitura", editado pela livraria Canto do Livro, que distribui o informativo aos freqüentadores da loja. Saiba mais sobre a queda na compra de material de leitura do brasileiro e acompanhe a campanha que cobra mais bibliotecas escolares no país. Essas e outras notícias estão em "+Leitura" de setembro. 

quinta-feira, agosto 30

Campanha por mais bibliotecas escolares

A campanha Eu Quero a Minha Biblioteca será lançada em setembro com o objetivo de ajudar na cobrança por abertura de bibliotecas em escolas. O Instituto Eco Futuro, um dos criadores da campanha, disponibilizou uma cartilha, que mostra como e onde conseguir recursos, e que será enviada aos candidatos a cargos públicos nas próximas eleições. 
Desde a publicação da lei federal há dois anos, 106 mil escolas deveriam construir salas de leitura segundo as contas do movimento Todos Pela Educação. E para zerar o déficit, o ritmo de inauguração teria de ser de 24 bibliotecas/dia nas escolas do ensino fundamental e de 21/dia nas da educação básica. No entanto, as entidades que acompanham a questão não sabem quantas bibliotecas foram feitas desde então.

terça-feira, agosto 28

Por que ler?

ler é aprender;
ler é saber;
ler é ensinar;
ler é viajar;
ler é sorrir;
ler é se emocionar;
ler é descobrir;
ler é desbravar;
ler é amar;
ler é enxergar e sentir;
Ler é viver;
Ler é fazer;
Ler é acontecer;
Ler é fazer acontecer.

(Encontrado em um velho marcador de festival de livros)

quinta-feira, agosto 23

Boa, bonita e barata

Em meio ao nada, quase perdida há uma cabana cheia de livros. É uma biblioteca de troca de livros em pleno Oeste norte-americano. Bem cuidada por todos os freqüentadores, chama a atenção de milhares na internet. Eis a solução boa, bonita e barata para resolver a questão da leitura onde não há bibliotecas oficiais, quando se quer.  É  claro!

Campanha não faz ler mais

Seria um avanço se não fosse para tanta festa, tão pouco resultado. A iniciativa do governo com o projeto “Leia mais, seja mais”, do Ministério da Cultura, é mais uma ação a receber severas críticas. “Ler mais não depende apenas de campanhas. Depende também de investimentos maciços em educação, não muito comuns num país que aparece na 84ª posição no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Priorização da educação e valorização profissional, estas, sim, são medidas necessárias para que sejamos mais, em todos os sentidos”. A afirmação é de Camila Freitas Soares, estudante de Biblioteconomia da Universidade Federal do Ceará, em Fortaleza, no artigo “Um país de contrastes”, publicado no Observatório da Imprensa  Leia mais

terça-feira, agosto 21

Lendo e lavando roupa

Dentro das atividades para celebrar o Ano Nacional da Leitura, a Austrália desenvolveu um projeto inusitado para incentivo à leitura. A Biblioteca Estatal da Austrália Ocidental fez parceria com uma rede de 20 lavanderias na zona metropolitana de Perth para levar livros às lojas, a fim de que os freqüentadores possam ter o que ler enquanto esperam as roupas serem lavadas.   

terça-feira, agosto 14

Por que faz bem a biblioteca

"As bibliotecas permitem que as crianças façam perguntas sobre o mundo e encontrem as respostas. E a coisa maravilhosa é que, quando uma criança aprende a usar uma biblioteca, as portas para o aprendizado estão sempre abertas"  
Laura Bush

sexta-feira, agosto 10

Livros gigantes em festival eletrônico

O Festival de Tomorrowland de dança ao ar livre é realizado a cada Verão desde 2005 na cidade belga de Antuérpia. Este ano, durante os três dias de festas, reuniu 400 DJs e aproximadamente 300 mil participantes de 72 nacionalidades. Com uma decoração de conto de fadas, a última edição chamou a atenção com os gigantescos livros, que cercavam o palco. 

Livro por smartphone

Uma das sedes da Eurocopa de 2008, a cidade austríaca de Klagenfurt, quase 94 mil habitantes, utiliza tecnologia para driblar a falta de bibliotecas públicas. Nesta cidade universitária, os leitores podem alugar livros digitais através do Project Ingeborg, que agrupa títulos disponíveis gratuitamente no site Projeto Gutenberg. São 70 pontos de aluguel pela cidade, indicados por adesivos, basta encostar um smartphone à etiqueta para que os dois possam se comunicar. Cada código, independentemente da tecnologia utilizada, dá direito a um livro específico que pode ser baixado sem qualquer custo.

quinta-feira, agosto 9

Só 0,4% da renda para não didáticos

Brasileiro pouco gasta em material de leitura apesar de novos dados indicarem uma venda bilionária para este ano no mercado livreiro. Segundo a Pesquisa LOF – O Livro no Orçamento Familiar, que utiliza dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2008-2009, caiu a proporção de domicílios que adquiriram algum material de leitura, de 40,66% para 36,16% em comparação a 2002-2003. Se considerados apenas livros não didáticos, o aumento foi um mero 0,63 %, passando de 7,47% a 8,10%, quando a renda familiar cresceu, em termos reais, 4,4% no intervalo.
O item “material de leitura” (jornais, revistas, fotocópias, apostilas, bibliotecas, livros religiosos, livros não didáticos, didáticos e técnicos), representa 0,4%, um ponto percentual a menos que em 2002-2003, continuando atrás de material de lazer dentro de casa, que representa 2% (era 1,8% em 2002-03) e telefonia, que passou de 0,8% em 2002-2003 para 1,3%. Material de lazer fora de casa também caiu, passando de 0,6% para 0,5% em seis anos.
Os dados indicam ainda que houve queda no valor médio anual despendido por família com material de leitura como um todo (queda de 19,4%) e livros em particular (queda de 12,3%), quando no mesmo período houve aumento de gasto com telefonia (65,4%), o maior índice; o lazer dentro de casa cresceu 17,8% e o lazer fora de casa caiu 11,7%.
A LOF 2009 foi encomendada pela Associação Brasileira de Difusão do Livro (ABDL), a Associação Estadual de Livrarias do Rio de Janeiro (AEL), Associação Nacional de Livrarias (ANL), Câmara Brasileira do Livro (CBL) e Câmara Rio-Grandense do Livro (CRL).
Leia mais sobre o assunto aqui 

Brasileiro vai gastar R$ 8,2 bi em impressos

O grupo Ibope anunciou hoje, na abertura da 22ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que os brasileiros devem gastar este ano R$ 8,23 bilhões em livros e publicações impressas num aumento de 14,5% em comparação com 2011. Os dados do Pyxis Consumo, ferramenta de dimensionamento de mercado do Ibope Inteligência, mostram que a maior parte do potencial de consumo é da classe B, que corresponde a 24,45% dos domicílios e deve responder por 51,85% desses gastos. A menor parte será das classes D e E, que, com quase a mesma quantidade de domicílios da classe B (20,57%), serão responsáveis por apenas 3,7%.
O Sudeste será responsável pela maior parte do consumo (54,7%), com estimativa de gasto de R$ 59,60 per capita ao ano. A segunda região do País que mais compra estes produtos é a região Sul, responsável por 16,12% do consumo, com gasto per capita de R$ 56,50. O menor consumo está na região Norte, com apenas 5,17% do total e média de R$ 35,54 por pessoa. Na análise por classe e por região do País, a classe B continua na frente em todas as regiões. No Sudeste, ela será responsável por gastos de R$ 2, 45 bilhões.

quarta-feira, agosto 8

Vem aí o diário do jovem Conan Doyle

A British Library anuncia a publicação em fac-símile do diário de Arthur Conan Doyle, quando aos 20 anos realizou uma viagem ao Ártico em 1880, no baleeiro The Hope (Esperança). Segundo o jornal El Mundo, a obra vai mostrar na letra clara do criador de Sherlock Holmes suas observações sobre a região e esboços baseados na experiência do viajante. Há no diário uma história de Sherlock Holmes, personagem
que surgiria em livro seis anos depois, um relato sobre fantasmas no Ártico, “The captain of the Pole-Star” (“O capitão da Estrela Polar”) e um artigo denominado “The Glamour of the Artic” (“O Glamour do Ártico”). O exemplar ainda inclui fotos do barco, do jovem escritor, do capitão e da tripulação.

'Guerra' pacífica

Na “guerra” entre o livro impresso e o e-book, se vislumbra uma  convivência pacífica. Pesquisa divulgada pelo Book Industry Study Group indica que leitores que compraram apenas livros digitais caíram de 70%, em agosto de 2011, para 60%, em maio deste ano. No mesmo período, os dados indicam que leitores que não tem preferência entre obras em formato eletrônico ou em papel aumentaram de 25% para 34%. Os dados constam do Publisher’s Weekly.

terça-feira, agosto 7

Viagem maravilhosa

Visitar uma biblioteca nem sempre é consultar seu acervo. Uma visita a uma das 11 mais belas do mundo pode ser uma viagem maravilhosa para os sentidos.  Confira a lista das 11 mais incríveis e, se puder, visite ao menos uma delas aqui.

terça-feira, julho 31

Páginas de livraria

Leitora invade livraria bombardeando:
- Tem romances mexicanos?
O livreiro tenta registrar o que seriam os tais livros. Em que seção colocou as obras de autores mexicanos? Pensa logo em Fuentes, descartado de cara pelo jeitão da leitora. E num lampejo, liga romances mexicanos aos novelões importados pela tevê brasileira. Logo aponta para uma bancada com as ofertas daqueles romances vendidos em jornaleiro.
- Seriam aqueles?
Acerta em cheio.

segunda-feira, julho 30

Estamos de volta!


A livraria voltou a produzir o “+ Leitura”. A publicação, microtablóide em A4, reúne notícias selecionadas de novidades e curiosidades sobre livros, leitura, bibliotecas e livrarias. A distribuição agora será feita apenas entre os freqüentadores da livraria, mantendo assim o pólo de resistência cultural que é a Canto do Livro no município.   

sexta-feira, julho 27

Fazendo arte com livro velho


Se os velhos vinis passaram a servir de suporte para arte, e algumas vezes para confecção até de floreiras com arranjos de plástico, volumes antigos não passam incólumes pelo olhar e mãos artísticas. Cada vez mais surgem escultores em livro como o canadense Guy Laramée. Em volumes antigos, Laramée esculpe suas montanhas para “reativar a visão do mundo dos paisagistas  românticos do século XIX”. A atração pelo uso de livros antigos se explica: “Têm mais vida e são mais bonitos do que os novos. Antigamente, se faziam coisa para durar. Hoje fazemos para que morram rápido”.
Veja mais obras  de Laramée aqui

sexta-feira, julho 20

‘Seu livro, obrigado’

As máquinas automáticas, em Pequim, estão fornecendo também livros. Mais de 50 aparelhos na capital chinesa, também denominados de “bibliotecas de auto-serviço”, dispõem cada uma 300 títulos para aluguel. Os locatários, depois de se tornaram sócios em uma biblioteca municipal, precisam apenas apresentar um documento de identidade, escaneado pela máquina, e introduzir 100 yuanes, em torno de R$ 28, que serão devolvidos quando o exemplar retornar a uma máquina ou às bibliotecas. O usuário pode retirar até cinco livros por vez, que devem ser devolvidos em até quatro semanas.
A mídia local assegura que as máquinas de livros já se tornaram populares. A maioria está instalada no bairro de Chaoyang, onde um em cada três volumes emprestados pela biblioteca da região é através das máquinas. Nos próximos meses, devem ser instaladas mais cem aparelhos inclusive nas zonas centrais e turísticas. As máquinas possuem câmeras que registram a tentativa de danos e a redução do acervo para que haja uma renovação na oferta.

A 'Incrível Máquina' para a Bienal

Na Praça da República, em São Paulo, uma colorida “máquina” de livros, acionada por uma alavanca, ejetará obras literárias em troca da doação de outras em perfeito estado de conservação. Durante uma semana, a partir de segunda-feira, entre as 9 e 16 h, estará no local a “Incrível Máquina de Livros”, que faz parte da campanha “Entre no Clima da Bienal”, organizada pela CBL para convidar os paulistanos a visitarem a 22ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, em agosto, no Pavilhão de Exposições do Anhembi.
O primeiro passo é a retirada de uma senha. Ao depositar uma obra, o doador receberá um sinal de reconhecimento. Após essa confirmação, ouvirá um som emitido pelo maquinário, simulando a “fabricação” do novo livro. Basta retirá-lo no local indicado, levar para casa e curtir a leitura. Os participantes do evento terão oportunidade de contar em vídeo as melhores histórias que leram e os livros que marcaram de algum modo suas vidas.
A Praça da República foi escolhida por ter sido palco do primeiro evento literário organizado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), em 1951, quando se  realizou ali a primeira Feira Popular do Livro, que introduziu no Brasil a tradição europeia das feiras de livros, comuns na França, Alemanha e Itália. Dez anos depois, em 1961, acontecia a 1ª Bienal Internacional do Livro e das Artes Gráficas. 

quinta-feira, julho 19

Vazio lembra queima de livros

Em plena Bebelplatz, próximo da avenida Unter den Linden, que leva ao famoso Portão de Brandemburgo, um vidro transparente de cerca de um metro quadrado, no chão, revela no subterrâneo uma biblioteca vazia, prateleiras e mais prateleiras brancas ao redor de uma sala e sem um único livro. Duas placas próximas indicam que no local, em 1933, aconteceu a grande queima de milhares de livros de 5.500 autores promovida pelos nazistas. A fogueira na praça iniciou o processo apontado como “bibliocausto” pela revista Time, que foi repetido em outras cidades alemães.


terça-feira, julho 17

Livro agora é perfume

O mundo eletrônico está ganhando ares de livro. Para dar um charme a mais, quando usarem o iPad ou e-book, os leitores também poderão cheirar a livro novo. Chegou, ao preço em torno de R$ 200, o “Paper Passion”, que vem numa caixa assinada pelo estilista Karl Lagerfeld.
O perfume foi criado em conjunto pelo editor alemão Gerhard Steidl e a perfumista Geza Schoen que usaram apenas cinco ingredientes para fazer a essência com tons de madeira, bem menos do que as até 100 fragrâncias de outros perfumes.  
Não é a primeira vez que cheiro de livro é lançado no mercado para dar um novo ar ao mundo eletrônico. Há três anos, uma empresa americana produziu um aerosol especial para e-book. O “Smell of Books” (“Cheiro de Livros”), com preços variáveis de R$ 10 a R$ 60, era apresentado com cinco aromas. O “Classic Musty” (“Mofado”) “recriando” o cheiro de livrarias antigas, que era apresentado como “ter trabalhos selecionados de Shakespeare numa lata”. O “Eau, You Have Cats” (“Hum, Você Tem Gatos”), indicado para quem gosta de gatos e livros, e o “Scent of Sensibility” (“Aroma de Sensibilidade”) que mistura cheiros de violetas e cavalos “para viver num romance da Jane Austen!”. Há ainda o “New Book Smell” (“Cheiro de Livro Novo”) e o “Crunchy Bacon Scent” (“Aroma de Bacon Crocante”), que deve ser para leitores comilões.

segunda-feira, julho 16

Livraria vende o quê?

As portas são levantadas. Começa o dia na livraria. Momento de rápida arrumação e alguma limpeza do pó. Justamente na hora entra o jovem. Num rápido passar de olhos, é fulminante:
- Vocês vendem livros aqui?
Por entre os dentes, em surdina, como um rosnar, vem a resposta:
- Vendemos.
Algo quase silencioso para não se explodir em revolta ao óbvio, o que contraria o Procon. Ou será que o jovem, em meio a tantas estantes, estava vendo sacolas de alhos e cebolas? Bem possível.
(Caso puxa caso. Livreiro recorda caso parecido em outra loja, há anos. Quando chegava um desavisado com a mesma pergunta, o dono gritava para um funcionário: - Manuel, hoje estamos vendendo o que mesmo?)

sexta-feira, julho 13

A mudança

‘Um livro nunca mais tem o mesmo aspecto depois de lido. Um dos prazeres da leitura é observar a alteração das páginas e o modo como, com a leitura, você se apossa do livro’

Paul Theroux

quinta-feira, julho 12

quinta-feira, julho 5

Geladeira para livros

Lugar de geladeira nem sempre é na cozinha. Aquelas quebradas, sem motor, enfim, inutilizadas, bem podem servir a causas mais sociais do que apenas gelar a cerveja para o futebol na tevê. Em Araraquara, a turma foi mais inteligente e resolveu aproveitar o aparelho de linha branca, colorizado, para formar uma “Geladeiroteca” na Praça das Bandeiras, na região central da cidade, que já foi local da cracolândia. Muito bem abastecida, segundo a idealizadora do projeto, Fabiana Virgílio, serve agora para alimentar a alma.

quarta-feira, julho 4

'Helena' chegou!

Em tempos de mensagens cruzando as nuvens através de emails, o livreiro agradece a velocidade humana, e suave, de um carteiro.  Com a gentileza impossível dos megas, trouxe na mão a bela “Helena”. Bem protegida, surgiu de dentro de um envelope personalizado com todo o frescor de novidade, pronta para nos dizer muito e durante muito tempo.
“Helena” veio da mesma terra paranaense, que gerou também as extintas e excelentes “Nicolau” e “Joaquim”. Uma tradição daquela gente do Sul de sempre produzir bons veículos para difundir cultura. Agora chega “Helena”, que já foi folheada e um pouco lida desde que bateu na porta com todo o colorido e ainda mais trazendo como destaque Helena Kolody, a fada madrinha dessa nova revista, editada pela Secretaria de Cultura do Paraná.

(Clique e leia)

quarta-feira, junho 27

Descanse em paz!

Nunca um livreiro foi tão atencioso com uma viúva. Desde a morte do marido, um apaixonado pelos livros, que reuniu uma boa biblioteca. Não era um bibliófilo ou fazia parte do grupo seleto, mas tinha lá em suas estantes uma ou outra coisinha de interesse. O agrado extremado do livreiro para com a viúva talvez se devesse à quantidade de volumes, que obteria a bom preço, e com um ótimo lucro. Era negócio certo. Ou alguém pensaria o contrário em dias de luto? Entre muitos elogios ao
finado, dias depois do enterro, o livreiro encheu um pequeno caminhão com livros. E literalmente voou para o depósito, suando frio. Nenhum mal-estar, felizmente, atacava o livreiro nem muito menos era o defunto fazendo das suas com o dedicado “amigo”.
Depois de horas vasculhando pilha por pilha de livros, o livreiro ainda se via desnorteado. Apesar de conseguir um bom preço pelo lote com obras tão boas e bem conservadas a precinho camarada, havia alguma coisa faltando. Era “ele”, o amado, o libertador, aquele que faria mais doce a aposentadoria do livreiro. Uma das obras realmente raras, que mesmo pequena valia uma grandiosidade em dinheiro. Não se fez
de rogado e resolveu perguntar à viúva.
- Ah, eu sei, aquele livrinho que mostrava sempre aos amigos? Ele deixava na cabeceira e toda noite folheava. Como gostava tanto, coloquei com ele no caixão

terça-feira, junho 26

Exemplo da Rio + 20 passa batido


Quando o mundo, em plena Rio + 20, aplaudiu a Capela Espaço da Humanidade, a biblioteca que oferecia 10 mil volumes do que se escreveu sobre e no Brasil, continuou o silêncio ensurdecedor da mesmice nos governos locais quanto ao papel da biblioteca mesmo no século XXI. A beleza do espaço ainda não apagou as idéias de quem acha ainda que o futuro está no laptop eleitoreiro e na destruição dos poucos acervos restantes.  

terça-feira, junho 12

Uma casa para o leitor

Apesar da crise, a Espanha está para inaugurar mais um espaço cultural em favor do livro e da leitura. Do antigo Maradouro Municipal de Madri, em fase de conclusão de obras, vai surgir a Casa do Leitor, projeto da Fundação Germán Sánchez Ruipérez, que pretende se tornar “um lugar muito especial, que fará dos leitores e da leitura seus protagonistas fundamentais” na capital espanhola. Segundo a Fundação, “o centro está preparado para o futuro por sua flexibilidade e por sua natureza aberta que acolhe tanto o impresso como o digital”.

Resposta rápida

Por que os pais, quando levam os filhos à livraria, nunca estão com dinheiro?  Será que têm a mesma atitude quando vão a uma loja de brinquedos? Ou a uma dessas lanchonetes?
Mãe, sem o livreiro fazer qualquer comentário, vai logo afirmando:
- Vim mostrar o que é uma livraria.
Ao menos os filhos já sabem o que é uma livraria: um espaço cheio de livros que enche os olhos e dá vontade de ler, mas ficamos nisso.
- Depois volto com eles com mais calma.
Mas não tiveram calma suficiente para tudo futucar?

sexta-feira, junho 8

quarta-feira, junho 6

'O livro é uma arma carregada'

Morre o escritor norte-americano Ray Bradbury (91 anos), autor entre outros de “Crônicas marcianas” e “Farenheit 451”, publicado em 1953, uma fábula sobre o futuro em que os livros seriam os grandes inimigos da sociedade. Para conter tais “inimigos”, havia bombeiros com a única finalidade de atear fogo a qualquer volume. “Não estava prevendo o futuro, estava tentando preveni-lo”. Era a previsão de um mundo dominado cada vez mais pelo som e a imagem, seja da tevê ou da telinha do computador. “Então, vê agora por que os livros são tão odiados e temidos? Eles mostram os poros no rosto da vida. As pessoas acomodadas só querem rostos de cera, sem poros, sem pelos, sem expressão."
Como no livro, a sociedade de hoje se torna uma escrava atenta das telinhas e até se propõe a por ao alcance de todos um livro com tela como suporte. “Essa besta insidiosa, essa medusa que converte em pedra milhões de pessoas todas as noites mirando-a fixamente, essa sirene que chama e canta, que promete muito e que em realidade dá muito pouco”


 FRASES
“Há piores coisas do que queimar livros, uma delas é não lê-los”

 “Gosto de tocar um livro, respirá-lo, senti-lo, leva-lo. É algo que um computador não oferece.

“Sem livrarias o que faremos? Não haverá passado nem futuro”

segunda-feira, junho 4

A forcinha do MinC

Muitas prefeituras estão batendo palminhas para mais um agrado federal que vem aí. Com as eleições à porta, nada melhor do que uma forcinha externa para alavancar candidaturas e mesmo continuísmos. Chega a vez do Ministério da Cultura servir de bandeja governos municipais que passaram quatro anos gastando fortunas com a “cultura” de shows popularescos como nunca se viu. Enfim poderão implantar e até reformar as suas bibliotecas públicas. Muitas caindo aos pedaços, outras entregues às paredes descascadas e infiltrações, com acervos minguados. Sob a tutela de uma “Democratização do acesso”, através do Plano Nacional do Livro e Leitura, o investimento será de R$ 373 milhões, a maior parte (R$ 254 milhões) para colocar em dia as bibliotecas públicas que os prefeitos desprezaram durante todo o período. Outra vez o governo federal transforma em comprometidos com a cultura quem em nenhum momento sequer investiu um centavo em biblioteca no seu município. Ou mesmo gastou milhões para distribuir laptops, comprados além do número de estudantes, para uma população que vive às turras com a internet, principalmennte a anunciada "gratuita" do governo. 

sexta-feira, junho 1

O que é isso, companheiro?

A extensa parede, que era azul, se bem em tom muito forte, se transformou num painel de grafiteiros. Até aí nada demais. Quem passa pelo local pensa logo em um espaço de muita festa, som ensurdecedor, talvez umas bebidinhas ou algo mais. Há enorme semelhança com paredes de casas de show bem mambembes.
O grafite, oficializado pelo governo, foi feito no prédio público (quer dizer térreo do anfiteatro) que abriga a biblioteca municipal de Maricá (RJ). Quem não conhecia o local agora nem sabe que há livros ali, nem tantos quanto deveria ter, porque sequer os desenhos fazem referência ao livro.
Lá dentro se respira mofo de paredes atingidas pela umidade. E o incauto deve se precaver quando pretender usar o espaço em dias chuvosos para não correr o risco de ler livros, que ainda restam, debaixo de chuveiro de goteiras.
Devido ao pioneirismo governamental dos petistas ao lançar a primeira biblioteca brasileira grafitada, há quem tenha definido o espaço como “mausoléu dos livros”. A mão de tinta no “túmulo” foi só para dar um colorido ao descaso.

Sempre há salvação

Quem disse que livro velho é para se jogar no lixo? Há sempre como recuperar o volume.  Exposição na Biblioteca Nacional, no Rio,  mostra que obras antigas, para muitos, irrecuperáveis, podem continuar vivendo ainda por outros séculos. Veja o caso do livro "La universa fabrica del mondo", de Giovanni Lorenzo d'Anania, publicado em 1573, antes e depois da restauração.

quinta-feira, maio 31

Bienal-SP: Transformar através dos livros

“Livros transformam o mundo, livros transformam pessoas” será o tema da  22ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, entre os dias 9 e 19 de agosto, que terá como homenageados os escritores Jorge Amado e Nelson Rodrigues e a Semana de Arte Moderna de 1922. O evento, promovido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e organizado pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, na Zona Norte paulista, estará distribuído em 30 mil m² por 400 expositores. A previsão é que visitem o pavilhão, durante a Bienal, aproximadamente 800 mil pessoas.
O anúncio foi feito hoje pela comissão organizadora, que terá como curadores Antonio Carlos de Moraes Sartini, diretor-executivo do Museu da Língua Portuguesa, e os jornalistas Paulo Markun e Zeca Camargo.
Segundo a presidente da CBL, Karine Pansa, a  Bienal é “uma verdadeira metamorfose: de visitantes de feiras em leitores, frequentadores de bibliotecas e livrarias, motivo este que nos levou a escolher o tema 'Livros transformam o mundo, livros transformam pessoas'”.
História da Bienal
A primeira Feira Popular do Livro montada pela CBL aconteceu no ano de 1951, na Praça da República, em São Paulo. Surgiu com o intuito de se introduzir no País a tradição europeia das feiras de livros que aconteciam na França, Alemanha e Itália. Em 1961, promoveu-se, em parceria com o Museu de Arte de São Paulo, a 1ª Bienal Internacional do Livro e das Artes Gráficas, que se repetiu em 1963 e 1965.
A 1ª Bienal Internacional do Livro, organizada exclusivamente pela CBL, ocorreu entre 15 e 30 de agosto de 1970, no mesmo edifício da Bienal de Arte. Esseprimeiro evento reuniu algumas centenas de editoras nacionais e internacionais e atraiu milhares de adultos, jovens e crianças. Na 2ª Bienal, em 1972, o total de visitantes chegou a 80 mil e o de expositores ultrapassou 700.
Em 1996, com o propósito de ampliar o número de expositores e proporcionar mais conforto ao público, o evento transferiu-se para o Expo Center Norte. Com o crescimento contínuo de público e expositores, em 2002, a Bienal passou a ser realizada no Centro de Exposições Imigrantes (com 45 mil m2 de área). Somente em 2006, chegou ao Anhembi – o maior Centro de Exposições da América Latina. Em 2008, na 20ª Edição, o público infanto-juvenil foi contemplado com o projeto “Ler é a Minha Praia”.
Em 2010, a CBL levou à Bienal – que passou a ser realizada pela ReedExhibitions Alcantara Machado – uma programação cultural intensa e diversificada, atraindo 743 mil visitantes e ampliando o prestígio e importância destinada a esse tipo de evento em São Paulo.

Justiça mantém casa de Conan Doyle

O Tribunal Superior de Londres acatou o recurso contra a demolição da casa, em estilo vitoriano, de sir Arthur Conan Doyle (  ) em Surrey, onde o escritor escocês escreve 13 das novelas do personagem Sherlock Holmes. Segundo a agência EFE, o juiz Rossa Cranston alegou “erros legais” na decisão de demolição pela comunidade de  Waverley, em 2010.  A autora da ação foi a fundação Undershaw Preservation Trust por considerar o valor literário e cultural da mansão desenhada pelo próprio Conann Doyle, que ali viveu de 1897 a 1907. Desde 1920 e até 2005, a casa Undershaw serviu como hotel, que fechou naquele último ano. Desde então estava se deteriorando e o projeto previa inclusive a demolição dos estábulos para a construção de uma garagem que atenderia ao condomínio de oito casas de luxo.

segunda-feira, maio 28

Caso de amor

Pode ser que haja momentos de crise. Algum desânimo, uns e outros aborrecimentos, muito trabalho. Mas tudo vale a pena, pois a alma de livreiro não é pequena, nem menor o amor por sua livraria, ou o carinho com o leitor. Não importa tamanho, quantidade e qualidade de acervo, esteja numa megalópole ou numa vila. Livreiro ama o livro em qualquer situação e ai de quem a ele (o livro) fizer algum desfeito! Ganha fácil um inimigo. Ao leitor, dispensa a dedicação, a informação, a orientação. Faz de cada um amigo, companheiro de leitura.   
Há um caso de amor entre o proprietário e os milhares de autores, vivos ou mortos, que hospeda com prazer e dedicação nas prateleiras. Alguns conhece há séculos, outros são recém-chegados. E espaço não falta para aqueles que virão. Um clubinho especial, que ainda recebe mais selecionado público: o leitor.
Se há uma razão para viver, segundo o livreiro, é a livraria. Conjuga o objeto amado à expressão de amor e carinho a cada um que chega. Enfim, livraria é um coração movido pelo amor.
E a Canto do Livro há oito anos não perde o ritmo. Feliz aniversário neste 28 de maio

quinta-feira, janeiro 12

A livraria Camões vai fechar

Menos uma livraria em nossa geografia carioca de livros. Os anos enterram uma atrásda outra. Ficam elas em nosso mapa de saudades, que percorremos ainda muitas vezes.Vamos de uma a outra, vivendo momentos de conversas, ainda comprando os livros quecontinuam conosco, lembrando imagens, e com muito carinho saudando personagens hámuito bem longe.Agora chega a vez da Camões, do Estrela. Aqui livraria e José Maria Estrela, o gerente, são uma unidade naquele Portugal pequenino de poucos metros quadrados no edifício Avenida Central, no Rio. Quilômetros dessa terra lusa percorremos durante todos estes anos em suas prateleiras¸ descobrindo autores sempre desconhecidos aqui. De escritores, passaram a ser amigos do dia a dia na biblioteca nossa, tratados intimamente como velhos conhecidos. Alguns ainda hoje continuam a existir apenas na Camões, ou cá entre nós. Procure o rato de sebo por determinados autores portugueses fora desse Portugal pequenino e não encontrará nem quem saiba o quem seja. E ficará ignorante de uma literatura que ainda tem muito a nos dizer como no passado. Quantos autores foram garimpados por lá, quando em nenhum outro lugar havia sequer um volume deles? Em horas e horas, entre conversas aqui e ali, descobrimos muita gente, encontramos muitos livros e infelizmente não tivemos o prazer de encontrar outros, bem menos. Mas a colheita foi farta e ainda hoje nos alimenta, nos direciona. E em meio a tanta literatura descobrimos o Estrela, da conversa, da divulgação nas Feiras do Livro, dos presentes de ilustrações e poemas, ainda hoje enquadrados, na parede, eternos como a Camões que passa agora a ser da nossa eternidade. Já começamos a ter saudades.