quinta-feira, maio 19

Livro e leitor, eterno caso de amor

"Sempre haverá um mercado para o livro em papel, assim como creio que sempre haverá livrarias" (John Makinson)



Numa garimpagem pela rede, pescamos um post excelente de Jaime Mendes (Livros,Livrarias, Livreiros ), traduzindo uma entrevista publicada pelo The Wall Street Journal com John Makinson, o diretor-presidente da Penguin Group, a divisão de livros da Pearson PLC, que publica mais de 4 mil títulos de ficção e não ficção no mundo. Makinson trata de e-books baratos, leitura digital e livrarias independentes. Do texto abaixo, dois trechos que destacam muito bem o envolvimento emocional entre o leitor e o livro impresso, garantia de que por um bom tempo ainda existirá, apesar da modernidade, esse ser que muitos querem ver extinto: o livreiro.


“Há uma diferença cada vez maior entre o leitor de livros e o proprietário de livros. O leitor de livros quer apenas a experiência de ler o livro e é um consumidor digital natural: em vez de comprar um livro barato descartável, compra um livro digital. Já o proprietário do livro quer presentear, compartilhar e guardar livros. Adora a experiência. À medida que formos melhorando o produto físico, em especial a brochura e a capa dura, o consumidor vai pagar um pouco mais por essa experiência melhor”.


“(...) as pessoas estão dispostas a pagar um preço maior numa livraria independente sabendo que podem comprar por menos em outro lugar. É que o consumidor tem um envolvimento emocional com a livraria, sente que a livraria está prestando um serviço público, não só comercial. Não vejo indícios de que as livrarias independentes se tornarão obsoletas”.

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