segunda-feira, abril 11

Hora de poesia


A um livreiro que havia comido um canteiro de alfaces com vinagre

Gregório de Mattos (1633/1696)

Levou um livreiro a dente

De alface todo um canteiro

E comeu, sendo livreiro,

Desencardenadamente.

Porém, eu digo que mente

A quem disso o quer taxar;

Antes é para notar

Que trabalhou como um mouro,

Pois meter folhas no couro

Também é encadernar

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